Produção textual de alunos do Eduardo Silveira - 2012


Muros e Grades

21 de Julho de 2012, quinta-feira de uma tarde ensolarada... Vejo-me atrás de muros de inquietações. Entre essas grades matinais, vejo a irregularidade da educação e de alguns dos seus atuantes.
Bem-vindo às grades e muros do colégio estdual "Militânio", o lugar onde alguns professores vêem os alunos como fantoches, e alguns dos alunos se comportam como tais. Prazer! Meu nome é Silêncio, aluna pela segunda vez do 2º Ano deste colégio no qual me calei para não ficar na mesma série mais uma vez. 
É isso mesmo! Aqui quem se submete vai além, e como isso é clássico da grande maioria dos alunos, optei em ser mais uma da "galera".
Não aderi a essa conduta por medo, mas sozinha não chegarei a lugar algum. Se todos quisessem lutar eu seria sua líder..., mas esquece. É melhor eu me calar. E agora sou mais uma "falsa toche" nesse meio de "fantoches" adormecidos. 
Mas como também há exceções, aqui, às vezes, é legal... há professores do "bem", amigos dos  "toches acordados". E como tudo é questão de tempo, procuro me calar hoje para ter voz para o amanhã, e nesta terra de "gigantes" é no escuro que eu aprendo a pensar. E sei muito bem onde quero chegar! E vou chegar!

Texto produzido pela aluna Jéssica Lima Brito, 2º Ano A2 do Colégio Estadual Eduardo Silveira.

Lição de vida

Durante anos sofri com a perda da minha mãe, e até hoje sinto muito sua falta. Após sua morte, menes depois meu pai conheceu Alice. Logo se casaram e forma morar lá em casa.
Nunca me conformei com o fato do meu pai ter se casado novamente com tão pouco tempo da morte de minha mãe. Desde então, passei a brigar com ele diariamente; saia de casa e não falava para ondi ia e a que horas chegava e a não respeitá-lo de forma alguma.
A partir daí, passei a frequentar bares e discotecas com os meus novos amigos que conheci na rua. Eu só chegava em casa no dia seguinte drogado. No início, eu só cheirava pó, com o passar do tempo o pó já não me satisfazia mais. Foi aí que comecei a usar crak, e quando fui ver já estava viciado e havia entrado no mundo das drogas. Meu pai já não me reconhecia mais e não sabia o que fazer para me ajudar.
Eu chegava em casa quebrando tudo, roubava dinheiro do meu pai e vendia objetos da minha casa para comprar drogas. Acabei me tornando um jovem viciado com apenas 17 anos, e minha vida se resumia em crak.
Meu pai, desesperado, resolveu me internar em uma clínica para recuperação de drogados. Todos os dias ele e Alice iam me visitar e perceberam que, aos poucos, eu estava me recuperando e tornando independente das drogas.
Com um ano e dois meses retornei à minha casa e à minha vida normal, com a consciência de que a partir dalí tudo seria diferente, porque eu estava liberto daquele vício.
Hoje, vivo bem com minha família, trabalho e sou feliz porque a dor da perda que eu sentia da minha mãe se transformou em saudade. Tudo o que passei foi simplesmente uma lição de vida para que hoje eu me tornasse uma pessoa bem melhor.

Texto Narrativo produzido pela aluna Tayslayne Virginia dos Santos, 2º Ano A2 do Colégio Estadual Eduardo Silveira.


Os 16 desejos

Na manhã de seu aniversário de 16 anos,Adryenne acorda com o barulho que os seus pais e seu irmão fazem ao entrarem em seu quarto.
__ Feliz 16 anos! Dizem todos eles, com um bolo lindamente decorado contendo 16 velinhas rosas.
__ Obrigada! Disse Adryenne.
__ Faça um pedido! Falou sua mãe Joanne, ao ofertar a Adryenne o bolo.
Adryenne fez um pedido e quando abriu seus olhos percebeu que havia acordado novamente, só que já adulta. Ela saiu procurando pela casa sua família; sua mãe Jeanne, seu pai Marcus e seu irmão Matheus. Mas não os achou em nenhum canto da casa e percebeu que estava só. Não sabia o que havia acontecido, quando ouviu em sua secretária eletrônica seu chefe pedindo para chegar mais cedo.
Percebeu que não tinha mais 16 anos, e sim 24. Era isso que ela queria. Seu pedido havia se realizado! Mas, no decorrer do dia, ela percebeu que estava solitária, pois tudo estava diferente. Decidiu visitar a família e amigos.
Chegando lá, sua mãe a recebe fazendo as seguinte perguntas:
__ Não está trabalhando hoje? Aconteceu alguma coisa?
__ Não! Respondeu ela tristemente. 
__ Só queria saber como vocês estavam.
__ Entre! Disse a mãe. 
__ Vou fazer um jantar para todos nós.
Ao entrar, percebeu que tudo ali estava diferente. Seus pais haviam mudado tudo na casa, seu irmão não era mais o menino irritante de antes, havia se tornado um adolescente responsável.
Depois do jantar, foi visitar a garota com quem ela brincava quando estava no colegial. Kristina abre a porta com um belo sorriso; ela não está mais com raiva de Adryenne, tem um namorado e ainda está com 16 anos.
__ Impossível! Diz Adryenne. E percebe que foi por causa do seu pedido de 16 anos, que tudo mudou.
Estava prestes a completar 25 anos e decide pedir que volte ao seu aniversário de 16 anos. Isto mais uma vez acontece e ela muda tudo que não teve a chance de fazer em sua vida normal.

Texto Narrativo produzido pela aluna Tayslaine de Santana Santos, 2º Ano A2 do Colégio Estadual Eduardo Silveira.

Prazeres e dores

 Será que costumamos receber bem um conselho? Refletir um pouco mais antes de qualquer atitude, ou agir por impulso, pelo momento?
Ele era um jovem determinado, de bom caráter, sempre rodeado de amigos. Seus pais tinham bastante orgulho e nunca obtiveram queixa dele.
Mas aos 17 anos tudo então desandou. Uma garota que o proporcionou minutos de prazer o transformou completamente... para pior!
Aqule filho carinhoso, que ajudava os pais, garoto qeu procurava dedicar o máximo de seu tempo para os estudos passou a dedicar-se apenas a uma garota, sem medir as consequências, desafiando seus pais.
Brigas geradas por ciúmes e traições logo fizeram parte de sua vida. A garota substituiu os minutos de prazer por horas de dor.
Devido a ameaças de morte vindas de um ex da garota por ciúmes, e pela própria não se decidir, ele foi obrigado a mudar de cidade, para longe de seus pais e amigos.
Hoje, então, o garoto arrependeu-se de não ter recebido os conselhos dos seus pais e amigos. Mas não adianta "choraro o leite derramado", a vida segue.
Para ele sobrou então arrependimentos, dores e uma certeza: nunca ficar contra os pais, pois eles sempre querem o melhor para nós. Seus conselhos só vêm para somar, e que devemos enxergar se vale a pena desafiá-los por terceiros.


Texto Narrativo produzido pela aluna Daiara Lisboa, 2º Ano A2 do Colégio Estadual Eduardo Silveira.




A criança especial

 Num determinado povoado vivia uma família que tivera muitos filhos, e um deles era uma criança especial.
Essa criança interrogava tudo o que visse e ouvisse dos seus pais e amigos. Era muito curiosa e andava todo o tempo ansiosa.
Até que um dia apareceu uma pessoa, que era sua amiga, e perguntou-a o porquê daquelas atitudes. Então a criança respirou fundo sem querer dizer o que se passava consigo.
A amiga insistiu, e a criança então confessou que queria ser igual às outras pessoas em tudo.
__ Está tudo bem! Mas pessoas iguais não existem; só há pessoas diferentes. Isso é porque as diferenças enriquecem o ser humano. Respondeu a amiga.
Se todas as pessoas fossem iguais, a nossa vida não seria vida. E se as pessoas fizessem tudo do mesmo jeito a nossa sociedade não teria nenhum crescimento. Só as diferenças é que nos ajudam a vermos o lado bom do outro.

 Texto Narrativo produzido pela aluna Filomena Chilei Maliti (angolana), 2º Ano B2 do Colégio Estadual Eduardo Silveira



Bullying: como tratar comportamentos agressivos entre colegas?


Um dos problemas mais comuns nas escolas é o chamado bullying. Ele gera sérios problemas entre crianças e adolescentes. É um fenômeno constatemente visto na sociedade como umtodo e, na maioria das vezes, causa danos irreparáveis na vida de uma pessoa.
Seja de maneira direta ou indireta, os apelidos nas escolas são muito frequentes. Quando isso acontece começa a mudar a forma de conviver entre os indivíduos; uns não querem mais ir à escola, outros até vaõ, mas ficam isolados, o que os impossibilitam de interagir na sociedade.
Esses sinais que ocorrem com vítimas do bullying são comprovados por especialistas. É viável que os pais procurem se relaciionar com seus filhos de maneira mais ampla, tentando descobrir o que eles fazem no dia-a-dia, com quem andam se relacionando, etc.
Desde o aparecimento dos primeiros sinais do bullying deve-se procurar uma maneira de ajudar a vítima a se recuperar, pois pessoas com o psicológico frágil tendem a maior probabilidade de não conseguirem se recuperar do trauma.

 Texto Dissertativo produzido pela aluna Karem Andrielly Lima, 3º Ano A1 do Colégio Estadual Eduardo Silveira


Família

 Quando a garota acordou para tomar o belo café como fazia todas as manhãs notou algo diferente; um grande silêncio, luzes meio escuras... Depois de um belo tempo ela desce as escadas e nota que não tem ninguém na casa. Rapidamente liga para o pai e pergunta pela mãe, mas ele não sabe lhe informar absolutamente nada.
Quando acaba de falar ao telefone, ela decide que não vai à escola, irá ficar em casa e esperar a mãe voltar. As horas passam e chega o momento do almoço, momento em que a mãe aparece em casa explicando que teve que sair às pressas porque sua genitora, a avó da garota, acabou passando mal e o celular descarregou.
O dia chega ao fim e mais uma noite suave e bela chega naquela cidade. O sol raia no céu e a mãe de Joaquina a chama para ir à escola, mas a menina diz que não quer ir. Na verdade, Joaquina quer ficar em casa e praparar um maravilhoso almoço para a mãe, que está aniversariando naquele dia. A mãe precisa ir resolver algumas coisas no hospital e depois ir trabalhar.
As duas se despedem como de costume, mas elas não sabem é que algo irá acontecer. Tudo está indo bem, quando o pai chega para almoçar, acompanhado de uma linda imagem da filha sob o peito, e dá a triste notícia: a mãe de Joaquina tinha sido atropelada e morta na saída do trabalho...


Texto Dissertativo produzido pela aluna Taynara Lima Cunha, 2º Ano B1 do Colégio Estadual Eduardo Silveira

 As dúvidas de uma jovem

Em uma pequena cidade havia uma garota chamada Lavínia. Ela tinha várias dúvidas sobre coisas relacionadas à via, morte e religião. Sempre se perguntava por que existem tantas religiões se Deus é um só? O que acontece após a morte?, etc.
O tempo passava e ela sempre com as mesmas dúvidas. Transferiu-se de colégio e quando já estava cursando o 3º ano do ensino médio conheceu um professor que também tinha algumas dúvidas parecidas com as dela.
O nome desse professor era Carlos. Um certo dia, na sua aula, Carlos começou a debater com a turma sobre religiões. Então Lavinia ficou curiosa para saber o que ele achava sobre isso, porque ela já não sabia em qual religião acreditar e seguir.
__ Eu acho que para acreditar em Deus não precisa ir à igreja alguma, só precisa ter Deus em nossos corações. Disse o professor.
Lavinia concordou com o que ele disse e também deu sua opinião, só que mentalmente, pois ela era muito tímida e tinha vergonha de se expressar para a turma.
Pensava Lavínia: "o que nos salva não é ir à igreja mesmo, pois muitas pessoas vão à missa, cultos, etc... só para terem um encontro social, e também há pessoas qeu nao seguem religião alguma, mas têm um bom coração."
Voltando à aula, Carlos falou para a turma:
__ Quando eu morrer saberei de tudo, pois as "cortinas da verdade" se abrirão.
Mas uma vez Lavínia concordou e chegou a uma conclusão, ou ao menos uma verdade momentânea: ela iria seguir a religião de Deus, ou seja, iria buscar Deus primeiramente em seu coração, depois se preocuparia em ir a templos religiosos.

Texto Dissertativo produzido pela aluna Layane Fernandes dos SAntos, 2º Ano B2 do Colégio Estadual Eduardo Silveira

4 comentários:

  1. Estão de parabéns todos os alunos das turmas de 2º e 3º Anos que construiram seus textos. Lembrar sempre que o mais importante é o trabalho realizado objetivando a melhora da produção escrita! Vamos continuar o trabalho visando o nosso livro no final do ano!

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    1. Filomena Chilei Maliti29 julho, 2012 10:57

      Muito obrigada Professor João, o Senhor é um grande conselheiro e bom educador.

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  2. Adorei o primeiro texto!!! A aluna está de parabéns, assim como todos os outros!!!

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